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O inchaço abdominal é bastante comum em mulheres na menopausa e pode ter origem pelas mais diversas mudanças hormonais. Neste artigo, a Dra. Sofia Ferreira irá partilhar estratégias anti-inflamatórias para ajudar a diminuir esta sintomatologia.
A menopausa faz inchar?
A menopausa é uma fase do ciclo hormonal da mulher que se dá quando a mulher passa a ter uma baixa produção de estrogénio e, consequentemente, traz mudanças no corpo, incluindo o aumento de peso, retenção de líquidos, alterações de humor e apetite.
Além disso, a redução dos níveis hormonais pode também afetar o sistema digestivo, levando a sintomas como obstipação, gases intestinais e inchaço abdominal.
Ao longo das diferentes fases da vida da mulher, é importante ter estratégias alimentares anti-inflamatórias bem definidas, para que a menopausa não seja um período tão marcante com os
sintomas que a descrevem.
Causas da barriga inchada na menopausa
Nesta fase, o aumento de peso é um dos sintomas mais frequentes, o que leva a um aumento
citocinas inflamatórias, resistência insulínica, para além de que há uma diminuição de produção de estrogénio e um aumento de gordura na zona abdominal.
Excesso de gases, prisão de ventre e barriga inchada e retenção de líquidos na menopausa
Com o aumento de peso, pelo consumo de alimentos mais ricos em gordura, açúcares e farinha
refinadas, pela baixa de ingestão de proteína e alimentos ricos em fibra, como por exemplo:
legumes, saladas e leguminosas, as células do nosso corpo têm tendência a ficar mais inflamadas, o que leva a uma maior retenção de líquidos, bem como, alteração na microbiota intestinal e, consequentemente, um aumento de gases intestinais e um intestino mais preguiçoso.
Alimentos que provocam inchaço abdominal na menopausa
O inchaço abdominal, os gases intestinais, a celulite, o desequilíbrio na microbiótica intestinal, são alguns dos sintomas que podem ser contrariados quando evitamos o consumo do glúten, caseína e açucares refinados.
Estes grupos de alimentos são os grandes responsáveis por termos um quadro clínico, cada vez mais frequente, e que através de um maior consumo de alimentos antioxidantes conseguimos reverter a situação na menopausa.
Como acabar com a barriga inchada na menopausa
Um plano alimentar que inclua estes alimentos mais inflamatórios e altamente processados, tornará o intestino mais poroso e mais permeável. Este desequilíbrio na microbiótica intestinal contribui também para o excesso de peso, irritabilidade, falta de energia, fadiga, digestões difíceis e dores articulares.
A verdade é que o intestino é conhecido como “o segundo cérebro”, por este ter inúmeras células nervosas periféricas. Células estas que desempenham um papel importadíssimo na resposta imunitária do nosso corpo.
Respeitar o intestino deve ser uma prioridade diária. Garantir uma boa diversidade bacteriana contribuirá, aliás, para uma melhor digestão dos alimentos, absorção de nutrientes e vitaminas.
Alimentos que reduzem o inchaço abdominal
Assim sendo, quanto mais variarmos na fruta, como por exemplo: frutos vermelhos, fruta cítrica, banana verde, ananás, mirtilos e legumes, tais como: couves, brócolos, couve flor, abóbora, beterraba, rabanetes, cenoura, alho, cebola, etc… quanto mais incluirmos na nossa alimentação hidratos de carbono de qualidade como o arroz, batata, quinoa e massa isenta de glúten, proteína animal, leguminosas, como por exemplo: grão-de-bico, feijão, lentilhas e ervilhas, gordura anti-inflamatória, tais como: frutos secos, abacate, azeite, coco, ómega 3 e sem esquecer as especiarias, como por exemplo: curcuma/açafrão-das-índias, pimenta, orégãos, cebolinho, alho, salsa e coentros , bem como, açaí, maca peruana, psylium, canela e spirulina, mais o nosso intestino estará saudável o que, por sua vez, o inchaço abdominal, bem como a retenção de líquidos terão uma menor expressão.
Chás para desinchar a barriga na menopausa
Existem também alguns chás que poderão aliviar este quadro sintomatológico, como por exemplo:
o chá de gengibre, limão, hortelã, cidreira, alcachofra e cardo-mariano.
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Exercícios para o abdómen inchado na menopausa
Aliar uma alimentação anti-inflamatória a uma prática de exercício físico é fundamental.
Através destas duas estratégias conseguimos reduzir a percentagem de massa gorda, diminuir o perímetro abdominal, conseguimos criar mobilidade intestinal, o que levará a uma maior mobilidade intestinal e, consequentemente, ajudará no inchaço abdominal, gases intestinais e um trânsito intestinal mais regular.
Inevitavelmente, é fundamental assegurar um bom consumo e água ao longo do dia, bem como
a atividade física de forma regular, alternando com treinos de força e de cardio.
Dicas importantes da nutricionista
O lema para começar e ter uma alimentação anti-inflamatória, de modo a reduzir o inchaço, fermentação intestinal, aumentar a imunidade e reduzir a gordura localizada na zona abdominal, bem como todos os outros sintomas de inflamação é “descascar mais e desembalar menos!”.
Quanto menos produtos industrializados consumirmos e quanto mais alimentos de verdade ricos em vitaminas e nutrientes privilegiarmos, menos inflamação celular haverá.
A nossa alimentação diária marcará a nossa saúde a curto, médio e longo prazo. Nutrir o corpo com estratégias certas é imperativo! Procurar ajuda de um nutricionista, a meu ver, não passa apenas e exclusivamente, por perder peso. Contudo, se esse for o objetivo, então teremos de ter estratégias para perder peso através da massa gorda e nunca pela massa muscular, que nesta fase também é bastante significativo!
Uma vez mais, estar bem nutrido e ter uma alimentação anti-inflamatória é crucial.
Sem dietas!
Top top!! Não há melhor nutri 🥰
Interessa é ter saúde e comer de forma saudável, aqui não há dietas ❤️